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Comércio Exterior no Agronegócio: Importação e Exportação

03/01/2025 - Banco Arbi | São Paulo

O agronegócio é um dos pilares da economia e desenvolvimento do Brasil, responsável por grande das exportações nacionais, ocupando posição de destaque no mercado global de alimentos.  


Além de ter destaque nas exportações, contribuindo para o saldo positivo da balança comercial brasileira, empresas do setor também dependem da aquisição de insumos importados como fertilizantes e defensivos agrícolas. 


Esses fatores tornam o setor vulnerável às variações do mercado internacional. Oscilações cambiais afetam a lucratividade, reforçando a necessidade de planejamento estratégico de câmbio com parceiros financeiros especializados. Nesse contexto, é essencial contar com um banco parceiro para construir um planejamento estratégico de câmbio para empresas do segmento. 


Neste artigo, abordaremos as principais características do agronegócio brasileiro em relação à exportação e importação, demonstrar os resultados mais recentes e falar sobre os principais desafios do setor. 


Resultados do segmento no 1° semestre de 2024


Segundo dados do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o agronegócio brasileiro fechou o primeiro semestre de 2024 com superávit de US$ 71,96 bilhões, uma queda de 2,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. 


As exportações do setor somaram US$ 81,40 bilhões, enquanto as importações representaram US$9,44 bilhões. Em participação, as exportações representaram 48,6% e as importações corresponderam a 7,5% do total negociado pelo Brasil no período. 


Exportação no agronegócio brasileiro 

O Brasil é um dos maiores exportadores agrícolas do mundo, ficando apenas atrás de Estados Unidos e União Europeia. A promoção de produtos e serviços agropecuários brasileiros no mercado internacional colocam o setor em evidência no mercado global. 


Confira abaixo quais são os principais produtos exportados e mercados de destino das exportações do agronegócio brasileiro: 


Principais produtos exportados 


  • Soja e derivados: O Brasil é o maior produtor e exportador mundial de soja, sendo responsável por 57,18% das exportações do produto no mundo em 2024, segundo o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Esse produto representa boa parte das exportações do setor, exportado principalmente para países asiáticos. 
  • Carnes (bovina, suína e de frango): o agronegócio brasileiro bateu recordes nas exportações de carne bovina (US$ 9,54 bilhões) e suína (US$ 2,90 bilhões) em 2024, segundo dados do governo brasileiro. As exportações de carne de frango totalizando US$ 4,6 bilhões no 1° semestre de 2024. Os principais mercados de exportação destes produtos são a Ásia e o Oriente Médio.  
  • Café, açúcar e etanol: o Brasil é líder na exportação de café, sendo responsável por 33,3% das exportações mundiais EM 2024, segundo o Observatório do Café. O país também se destaca na exportação de produtos açucareiros, incluindo o etanol. 


Principais mercados de destino 


  • China: o país asiático é o principal comprador do agronegócio brasileiro, sendo responsável por boa parte da exportação de soja e carnes bovina e de frango. Entre julho de 2023 e julho de 2024, a China foi o principal destino de exportação, totalizando US$ 57,94 bilhões em produtos exportados no período, segundo a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Mapa (SCRI).  
  • Estados Unidos e União Europeia: os EUA e a União Europeia são outros destinos importantes para o agronegócio brasileiro, especialmente para produtos diferenciados e de alta qualidade. Em números, as exportações para os EUA fecharam em US$ 10,1 bilhões e em US$ 19,6 bilhões, entre janeiro e setembro de 2024, segundo dados do Cepea/Esalq USP.
  • Mercados emergentes: países em desenvolvimento, como a Índia, tem elevado a sua demanda por produtos do agronegócio brasileiro, ajudando o setor a diversificar suas exportações. Em 2023, cerca de US$ 1 bilhão foram exportados para o país asiático.  


Importação no Agronegócio Brasileiro


O setor de agronegócio no Brasil depende intensamente da importação de alguns produtos como fertilizantes e defensivos agrícolas, vindos principalmente de países como a Rússia e a China. 


Outros produtos de suma importância para o agronegócio são as máquinas e equipamentos agrícolas, indispensáveis ao setor e adquiridos em muitos casos no exterior.

Devido às flutuações cambiais, a importação desses insumos afeta diretamente os custos operacionais, reduzindo a margem de lucro e tornando o setor mais vulnerável, especialmente durante períodos de alta do dólar.


O papel do câmbio nas importações e exportações do agronegócio


O câmbio tem um papel fundamental para a exportação e importação de produtos do agronegócio. As variações cambiais podem beneficiar ou prejudicar as ações do setor. Um câmbio desvalorizado, por exemplo, torna os produtos brasileiros mais competitivos para o mercado internacional, mas pode encarecer a importação de insumo para produção. 


Um dos principais desafios do setor é equalizar a sua dependência cambial. A valorização do dólar pode diminuir a competitividade do agronegócio por encarecer o custo dos insumos importados. 


Dessa forma, os empresários do setor precisam encontrar parceiros estratégicos para ajudá-los a diminuir o impacto cambial sobre a variação do real perante o dólar. 


Importância da gestão de câmbio e perspectivas do agronegócio


Com o aumento populacional e a busca por fontes energéticas alternativas, a demanda por alimentos e biocombustíveis tende a aumentar e isso deve favorecer o agronegócio brasileiro. 


Em contrapartida, possíveis tensões econômicas e crises globais podem alterar os fluxos de mercado. Aliado a isso, as mudanças climáticas também representam um desafio para a produtividade e sustentabilidade do setor. 


As exigências ambientais para importação em alguns mercados importantes como a União Europeia, por exemplo, podem limitar ou condicionar os níveis de exportação do agronegócio. 


Uma gestão de câmbio equilibrada para o setor demanda novas estratégias para diversificar investimentos e atrair novos mercados.  

A expansão de acordos bilaterais e multilaterais para abrir novos mercados para o setor, diversificando as suas opções de exportação, é um fator fundamental para o desenvolvimento do setor. 


Ampliar os destinos de exportação ajuda a diminuir a dependência de outros mercados, assim como a dependência da variação de uma única moeda, o dólar. 


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